segunda-feira, 28 de junho de 2010

Em tempos de deserto

 Aos nossos pais, a civilização ofereceu casas nos subúrbios,
 computadores a automóveis. 
       E a civilização entregou.
 Ås crianças desses trabalhadores ela ofereceu
vida na lua, inteligência artificial, paz sem fim. Todos falharam a emergir.
Este mundo não nos oferece nada: não há trabalho que faça sentido, não há descanso, nem futuro, 
somente medo.









O apocalipse não vai acontecer no futuro,
está acontecendo AGORA.




  O apocalipse não vai acontecer no futuro,
está acontecendo AGORA.

    Não é o resultado de nossos pecados pessoais e
não é " a responsabilidade coletiva da humanidade ".
Aquecimento Global ( ou Deus, ou seja lá o que for)
não vai trazer o apocalipse.
O apocalipse começou com o advento da nossa 
forma de vida atual baseada na produção industrial.
É  fácil assumir que
não há alternativa para esta forma de 
vida,
de que a maneira que vivemos no momento presente
é simplesmente um reflexo da maneira
que as coisas são.
Implícito neste senso comum
é o não-tão-escondido entendimento de que
o presente há de se extender indefinidamente até o
futuro,
aos quais ambos fornecem uma medida
de conforto assim como o sentimento de
aprisionamento.
Em tempos de crises, um espaço de liberdade retorna,
e a possibilidade de uma ruptura com o presente se abre.
História,
a muito banida para os tristes livros escolares,
retorna a nós fresca e viva.
Para afastar aquilo que é mais próximo de nós,
nossa própria maneira de viver, e ver isso tudo objetivamente
-isso pode parecer impossível.
Contudo, não é:
o primeiro passo é dar a nossa maneira de viver um nome,
de identificá-la como algo finito em tempo e espaço, tão capaz de 
acabar.
Este presente perpétuo que somente tem
em seu favor ser a certeza
 de sua própria destruição tem um nome:
capitalismo

Texto de
http://zonafreeart.blogspot.com/